CVM é a abreviação de Comissão de Valores Mobiliários, órgão federal normativo, criado em 1976, juntamente com o CMN para desenvolver, disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro ou pelo Tesouro.
BACEN é a abreviação para Banco Central do Brasil. É o órgão executivo responsável pela supervisão e regulamentação do sistema financeiro nacional. Cabe ao BACEN a condução da política monetária, o controle da inflação e o zelo pelas normas instituídas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
ANBIMA é a abreviação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Seus associados são instituições do mercado financeiro como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradora. A ANBIMA tem o compromisso de representar, autorregular, informar e educar. O Itaú Unibanco é associado da ANBIMA.
O selo ANBIMA, criado pela associação, identifica as instituições filiadas a ela que aderiram ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. O Selo ANBIMA também pode ser entendido como uma demonstração de que a instituição que o detém preocupa-se em aprimorar a relação de confiança e lealdade que se estabelece entre os quotistas dos Fundos de Investimento e o gestor desse fundo. A ANBIMA verifica regularmente se as detentoras do selo estão praticando a divulgação de informações sobre os fundos de forma transparente, visando seu entendimento fácil e correto por parte dos investidores.
Os fundos de Investimento da Itaú Asset contam com o Selo ANBIMA.
Alavancagem é a utilização de instrumentos financeiros que permitem uma exposição de investimento maior que o patrimônio envolvido na operação. Contratos de derivativos ou empréstimos viabilizam a execução de alavancagens.
Quando utilizadas em fundos de investimento as operações de alavancagem visam potencializar os retornos mas implicam mais risco em relação aos resultados.
O termo hedge, no mercado financeiro, é sinônimo de proteção. Essa estratégia de investimento é utilizada com a finalidade de proteger o valor de um ativo contra uma possível redução de seu valor numa data futura.
A operação hedge é feita nos mercados futuros e de opções, usando o valor atual do ativo para efetuar uma compra ou venda futura. Um investidor pode proteger-se contra as variações no dólar, por exemplo, com uma operação de hedge cambial. Nessa operação, uma empresa com dívidas em dólar pode travar o valor de sua dívida e diminuir assim o risco de uma perda provocada pela elevação da cotação da moeda norte-americana em uma data futura.
IPO, é a abreviação de Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial. Representa a abertura de capital de uma empresa, ou seja, a primeira vez que a empresa emite ações para serem compradas por investidores no mercado.
Derivativos são instrumentos financeiros cujas características estão vinculadas a outros ativos. Seu valor de negociação está relacionado a um ativo específico pré-determinado.
Contratos futuros, contratos a termo e opções são exemplos de derivativos. Esses instrumentos não exigem, necessariamente, liquidação financeira no momento do fechamento. Os contratos futuros e a termo, por exemplo, têm a liquidação financeira feita pela diferença de preço entre o mercado à vista e o preço contratado, sendo que os contratos futuros preveem a liquidação por ajustes diários e os contratos a termo no vencimento do contrato. As opções, por sua vez, envolvem o pagamento de um prêmio pelo direito de comprar ou vender um ativo a um preço determinado em uma data futura.
Derivativos podem ser utilizados para hedge, ou seja, para proteção contra oscilações ou para alavancagem, isto é, para potencializar o resultado de uma posição.
Swap é o termo utilizado para designar uma operação de troca de indexadores em fluxos de caixa. Operações de swap acontecem quando dois agentes no mercado possuem títulos que rendem taxas diferentes, mas que desejam que o valor do título renda igual à taxa do outro agente. Por meio de um contrato definem-se o vencimento e condições de troca de rendimento entre as partes.
Debêntures são títulos emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos no mercado de capitais. As empresas podem usar esses recursos para equilibrar seu o fluxo de caixa, quitar outras dívidas ou realizar investimentos. As debêntures podem oferecer a investidores retornos fixos ou variáveis vinculados a índices de preços ou taxas de juros. Em casos específicos podem ainda ser convertidas em ações.
Os riscos das debêntures estão ligados aos indicadores de retorno e à capacidade de pagamento da empresa emissora.
ADR é uma sigla para American Depositary Receipts. São recibos de ações de empresas não americanas emitidos e negociados nos EUA. O lastro dos recibos são as ações da empresa que circulam em seu país de origem. Dessa forma, as ADRs permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas.
Algumas empresas brasileiras têm ações negociadas nos EUA por meio de ADRs nas bolsas New York Stock Exchange (NYSE) e NASDAQ.
Benchmark é um parâmetro usado como referência de performance de uma determinada ação, ativo ou fundo de investimento. Benchmarks possibilitam a análise de desempenho do investimento em relação a um indicador pré-definido; o benchmark de um fundo dedicado a ações, por exemplo, pode ser o IBOVESPA, ou o IBRX. Já de um fundo de renda fixa pode ser o CDI ou o IMA-B.
PTAX é a média ponderada da taxa de venda do dólar comercial, apurada ao fim de cada dia pelo Banco Central.
O S&P 500 é um índice do mercado de ações norte-americano composto pelas 500 companhias com maior capitalização de mercado nos Estados Unidos. O índice S&P 500 é calculado pela consultoria e agência de ratings americana Standard and Poor’s, que leva a sigla em seu nome.
O S&P 500 é um dos benchmarks mais utilizados como base de comparação de performance de carteira com exposição a ações americanas. Alguns fundos de ações e multimercados no Brasil também usam S&P 500 como benchmark.
CDI, ou Certificado de Depósito Interbancário, são operações realizadas entre bancos, fechadas por meio eletrônico e registradas nos computadores das instituições envolvidas na operação e nos terminais da CETIP. Geralmente são operações de apenas um dia.
A média dos juros praticados, chamado de Taxa CDI ou Taxa DI, é calculada a partir das informações registradas, e serve como indicador do preço do dinheiro no mercado financeiro. Ela é também usada como benchmark para fundos de investimento de renda fixa e de multimercado.
Selic é uma abreviação para Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É o sistema em que todas as negociações envolvendo títulos públicos são liquidadas. As instituições que negociam esses papéis têm seus computadores conectados ao sistema da SELIC, creditando e debitando caixa e títulos nas contas dos agentes que compram e vendem esses títulos.
A Taxa Selic overnight é a média ajustada dos financiamentos diários operados no sistema Selic. A Taxa Selic é a referência utilizada pelo COPOM para estabelecer as taxas de juros básicas da economia.
Ao aplicar em um fundo, o investidor tem os seus recursos convertidos em cotas. Considerando que o investidor tenha aplicado R$ 10.000,00 e o valor da cota nesse dia seja R$ 1,234567, para se chegar à quantidade de cotas dessa aplicação, o cálculo é feito da seguinte forma:
R$ 10.000,00 dividido por R$ 1,234567 = 8.100,01 cotas.
O valor das cotas é atualizado diariamente de acordo com as variações de preços dos ativos e passivos do fundo. Assim, o valor da cota e, por consequência, o valor investido, sofrem alterações positivas ou negativas diariamente. Veja o exemplo:
Aplicou | R$ 10.000,00 |
Valor da cota | 1,234567 |
Quantidade de cotas | 8100,01 |
Dia 10 – Considerando variação positiva da cota, desde a data da aplicação e sem qualquer resgate:
Saldo | R$ 10.900,00 |
Valor da cota | 1,345678 |
Quantidade de cotas | 8100,01 |
Dia 10 – Considerando variação negativa da cota, desde a data da aplicação e sem qualquer resgate:
Saldo com variação negative da cota | R$ 9.100,00 |
Valor da cota | 1,123456 |
Quantidade de cotas | 8100,01 |
É possível observar que a quantidade de cotas permaneceu inalterada e que a variação ocorreu no valor da cota. Essa variação é reflexo da contabilização diária dos preços dos ativos e passivos que compõem a carteira dos fundos de investimento (Marcação a Mercado)
Fundos de investimento são uma comunhão de recursos de um grupo de investidores com os mesmos objetivos que buscam obter ganhos a partir da aquisição de uma carteira de investimentos, seja ela de títulos ou de valores mobiliários.
A aplicação em fundos envolve delegar ao gestor do fundo de investimentos a responsabilidade de constituir e manter um portfólio de investimento diversificado, estratégico e que atenda ao objetivo proposto pelo fundo de investimento. O gestor analisa diariamente o mercado financeiro em busca de oportunidades de investimentos e procura estruturar o produto de acordo com os objetivos de investimento de seus cotistas.
O investidor tem acesso às regras de funcionamento, às características e ao objetivo de um fundo de investimento por meio do seu regulamento e, dessa forma, pode avaliar e selecionar o produto que melhor se enquadra em seu perfil de risco e objetivo.
Os fundos de investimento são divididos em cotas. O investidor aplica em um fundo de investimento por meio da aquisição de cotas que conferem direitos iguais a todos os cotistas.
Investir em fundos de investimento traz vários benefícios. Simplifica o processo de diversificação entre ativos, oferece gestão profissional e viabiliza o compartilhamento de custos fixos com outros investidores. A burocracia de questões fiscais é bem mais simples, pois os impostos são retidos na fonte. As questões de compliance com os reguladores também são de responsabilidade dos gestores e administradores do fundo.
O objetivo de um fundo de investimento diz respeito à meta de rentabilidade a ser perseguida pelo gestor do fundo. A política de investimento de um fundo indica como o gestor atuará para que os objetivos definidos para aquele fundo sejam alcançados.
Fundos passivos ou fundos indexados são aqueles em que o gestor busca acompanhar a rentabilidade de um parâmetro de desempenho (benchmark), com a maior acuracidade possível. Para avaliar bem um fundo indexado é importante observar o quanto seu resultado se aproxima de seu índice de referência.
Quer saber mais? Assista ao nosso vídeo explicando a diferença entre fundos de gestão ativa e de gestão passiva.
A taxa de administração de fundos é a remuneração paga pela prestação de serviços de gestão e administração, e também pode ser destinada a remunerar os demais prestadores de serviço que operacionalizam o fundo de investimento.
A taxa de administração dos fundos é cobrada sobre o patrimônio líquido do fundo e expressa em percentual ao ano (% a.a). O valor proporcional diário da taxa é provisionado no processo de cálculo da cota do fundo. A cobrança efetiva, porém, é debitada mensalmente. A prática de provisão garante o tratamento igual entre os cotistas em caso de resgates.
Como exemplo, se uma pessoa investir R$ 10.000,00 em um fundo de investimento cuja taxa de administração seja de 1% a.a, ao longo do ano pagará o equivalente a R$ 100,00 a título de taxa de administração, em cobranças mensais já incluídas no valor da cota do fundo.
Além da taxa de administração, um fundo de investimento pode cobrar também taxa de performance. Essa cobrança deve estar prevista em regulamento e pode ocorrer no caso de fundos com gestão ativa. A taxa é cobrada sobre a parcela da rentabilidade do fundo que excede a variação de um índice de desempenho previamente determinado, benchmark. Remunera-se assim o desempenho do fundo de investimento caso o objetivo de superar o seu benchmark seja alcançado.
Por exemplo, no caso de um fundo que cobre como taxa de performance 20% sobre o que exceder 100% do CDI, o cálculo seria o seguinte:
Se o CDI render 22% ao ano, e o fundo render 25% ao ano, o fundo excedeu em 3% o benchmark.
Considerando os 20% (taxa de performance) de 3% (valor da performance – excedente do benchmark) a taxa de performance seria equivalente a.a. 0,6%.
Cálculo => 0,2 *0,03 = 0,006 = 0,6%.
“Come cotas” é o imposto de renda semestral calculado sobre os rendimentos produzidos pelos fundos de renda fixa de condomínio aberto e recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro, utilizando-se a menor alíquota em vigor:
- Fundo Curto Prazo: 20%
- Fundo Longo Prazo: 15%
Além do “come cotas” semestral, no caso de resgates eventuais, haverá a incidência do imposto de renda referente à diferença entre a alíquota do “come cotas” e a alíquota relativa ao prazo de aplicação e classificação do fundo (longo ou curto prazo).
Para os fundos classificados como ações e de condomínio fechado não há incidência do “come cotas”.
Quando há resgates entre os momentos de come-cotas aplica-se a alíquota complementar que varia de acordo com o prazo entre data de aplicação e data de resgate. A alíquota total descrita abaixo refere-se à soma entre o valor cobrado no momento do come-cotas e a alíquota complementar, em caso de resgate.
Fundos de Renda Fixa Curto Prazo | |||
---|---|---|---|
Prazo de investimento | Imposto Semestral (“come cotas”) |
Alíquota Complementar | Alíquota Total |
Até 180 | 20% | 2,5% | 22,5% |
Acima de 180 | 20% | 0% | 20% |
Fundos de Renda Fixa Longo Prazo | |||
---|---|---|---|
Prazo de investimento | Imposto Semestral (“come cotas”) |
Alíquota Complementar | Alíquota Total |
Até 180 | 15% | 7,5% | 22,5% |
De 181 a 360 | 15% | 5% | 20% |
De 361 a 720 | 15% | 2,5% | 17,5% |
Acima de 720 | 15% | 0% | 15% |
Exemplo de cálculo para facilitar a compreensão:
Exemplo do cálculo do Imposto Semestral (“Come Cotas”) | ||
---|---|---|
Fundo de Renda Fixa de Longo Prazo – Alíquota 15% | ||
Dia 1 | ||
Aplicação | R$ 10.000,00 | |
Valor da cota | 1,234567 | |
Quantidade de cotas | 8100,01 | |
Dia 31/05 | ||
Saldo com variação positiva da cota | R$ 10.900,01 | |
Valor da cota | 1,345678 | |
Quantidade de cotas | 8.100,01 | |
Ganho no período | R$ 900,01 | quantidade de cotas 8100,01 * a cotação do dia |
Alíquota do come cotas | 15% | menor alíquota da tabela progressiva de IR |
Valor do come cotas | R$ 135,00 | R$ 900,01 * percentual de IR 15% |
Valor da cota | 1,345678 | valor do come cotas R$ 135,00 / pelo valor da cota 1,345678 |
Quantidade de cotas debitadas pelo come cotas | 100,3212 | valor do come cotas R$ 135,00 / pelo valor da cota 1,345678 |
Saldo final | R$ 10.765,01 | R$ 10.900,01 – valor do IR debitado de R$ 135,00 |
Quantidade de cotas final | 7.999,689 | quantidade de cotas inicial 8.100,01 – quantidade de cotas do come cotas 100,321 |
Assim como várias modalidades de investimentos disponíveis no mercado financeiro, os Fundos de Investimento estão sujeitos à tributação. Os dois principais impostos são o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ambos incidem sobre os rendimentos e são recolhidos na fonte.
Imposto de Renda de fundos de investimento
Para fins de cálculo do Imposto de Renda, a Receita Federal do Brasil classifica os Fundos de Investimento nas seguintes categorias: Fundos de Renda Fixa Curto Prazo, Fundos de Renda Fixa Longo Prazo e Fundos de Ações. Seguem a definição das categorias e as alíquotas aplicáveis para cada uma delas:
Fundo de Renda Fixa Curto Prazo:
Os Fundos de Renda Fixa curto prazo são aqueles cuja carteira de títulos tem prazo médio igual ou inferior a 365 dias. A tributação de fundos de investimento desse tipo ocorre sobre os rendimentos, no caso de resgates ou alienação, às seguintes alíquotas:
Prazo do Investimento | Alíquota de IR |
---|---|
Até 180 dias | 22,50% |
Acima de 180 dias | 20% |
Fundo de Renda Fixa Longo Prazo:
Os Fundos de Renda Fixa de longo prazo são aqueles cuja carteira de títulos tem prazo médio igual ou acima de 365 dias. O imposto de renda sobre fundos de investimento desse tipo incidem sobre os rendimentos, no caso de resgates ou alienação, às seguintes alíquotas:
Prazo do Investimento | Alíquota de IR |
---|---|
Até 180 dias | 22,50% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Fundos de Ações:
Fundos de ações são aqueles que investem no mínimo 67% (sessenta e sete por cento) em ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade assemelhada, no país ou no exterior, na forma regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou em outros ativos equiparados às ações, nos termos da norma vigente. No caso de resgates ou alienação de cotas desses fundos, os rendimentos auferidos pelo cotista estão sujeitos à incidência de alíquota única de imposto de renda, independentemente do prazo de aplicação:
Prazo do Investimento | Alíquota de IR |
---|---|
Independentemente do prazo da aplicação | 15% |
Nos fundos de renda fixa de condomínio aberto, os resgates podem ser solicitados conforme disposto em regulamento. A cobrança do IR ocorre semestralmente, sobre o valor do rendimento, nos meses de maio e novembro em processo conhecido como “come cotas”. Nesses momentos, calcula-se o valor do IR usando a menor alíquota da tabela e reduz-se o valor equivalente em cotas de cada investidor. Resgates totais ou parciais efetuados entre os momentos de come-cotas têm o IR calculado ajustando o valor já cobrado no momento do come-cotas. Considera-se o período entre a aquisição e resgate para definir a alíquota de IR.
Nos fundos de condomínio fechado, os resgates são vedados e os recursos são recebidos como amortização de cotas, ao término da duração do fundo ou em caso de liquidação. Nesses fundos não há “come cotas”. O IR incide apenas no momento da amortização, término, liquidação ou da cessão de cotas do fundo. Essas transações devem observar os termos das normas vigentes.
Os rendimentos e ganhos auferidos por cotistas de Fundos de Ações estão sujeitos ao recolhimento de IR, mediante aplicação de alíquota única, no momento do resgate ou alienação das cotas.
Os preços de mercado de ativos tanto de renda fixa quanto de renda variável flutuam diariamente. Marcação a mercado (MTM) é o processo de refletir o valor de mercado dos ativos na cota que representa o valor da carteira. Esse processo, quando aplicado em fundo de investimento, implica que os valores das cotas reflitam os preços atuais de todos os ativos que compõe a carteira do fundo.
Para ativos líquidos, o processo de marcar a mercado é rápido e assertivo e baseia-se nos preços de negociação publicados. Já para ativos ilíquidos, ou seja, aqueles cuja a venda não é tão simples ou frequente, a marcação a mercado é feita pela estimativa do preço justo pelo qual o ativo seria negociado no mercado.
Os objetivos da marcação a mercado giram em torno da proteção ao investidor, no entanto, trazem uma variação maior para o valor diário das carteiras. Fundos com carteiras marcadas a mercado viabilizam aos cotistas equidade de condições de resgate.
Por exemplo, no caso de fundos de renda fixa cuja composição da carteira esteja concentrada em títulos prefixados, a MTM permite que, em momentos de variações nas taxas de juros, todos os cotistas resgatem do fundo com o mesmo valor de cota. Nesse exemplo, se a MTM não fosse praticada em um movimento de alta nas taxas de juros, cotistas que resgatassem antes poderiam beneficiar-se pois receberiam seu resgate com base em valores que não refletem a realidade de preços de mercado. Nesse mesmo exemplo, sem a MTM os cotistas que permanecessem no fundo arcariam com o prejuízo da diferença entre o valor teórico e o valor de mercado da carteira.
Volatilidade diz respeito à oscilação do valor de ativos, em um período de tempo determinado. As variações do preço de cotas de fundos de investimento define a volatilidade de um fundo.
Esse indicador é apresentado em termos anuais. É uma referência para avaliação de risco de um fundo e pode ser usado no processo de decisão de escolha de um fundo para investimento. Quanto maior a volatilidade, maior a imprevisibilidade do rendimento do fundo.
O índice de Sharpe é amplamente utilizado na avaliação de fundos de investimento. Esse índice expressa a relação risco x retorno e informa se o fundo oferece rentabilidade compatível com o risco a que o investidor está exposto.
Quanto maior o índice Sharpe do fundo, desde que positivo, mais equilibrada e atraente a relação risco x retorno do fundo.
O índice de Sharpe é calculado pela seguinte fórmula:
- RF = Retorno do fundo
- RLR = Retorno livre de risco
- DP = desvio padrão dos retornos do fundo
- Índice de Sharpe = (retorno do fundo – taxa livre de risco) /DP, onde DP equivale ao desvio padrão dos retornos do fundo.
Spread é a diferença entre a oferta de compra e de venda de um ativo. Pode ser considerado o lucro, ou a margem financeira, de uma operação. Ativos mais líquidos são negociados com spread menores.
Nas operações de crédito, caracteriza-se o spread bancário. Trata-se da diferença entre a taxa paga pelo banco ao captar recursos e a taxa cobrada do cliente ao conceder um empréstimo.
DVS em inglês significa Dynamics, Valuation e Market Sentiment. É um método de gestão para fundos de renda variável, onde os papéis são avaliados sob 3 lentes:
1. Dynamics: qualidade dos fundamentos
2. Valuation: avaliação de preço
3. Market Sentiment: sentimento de mercado
Com essa análise profunda, os gestores selecionam as ações de empresas com maior potencial para a carteira do fundo.
É um indicador que mede a rentabilidade de um fundo de investimento acima de um determinado índice de referência. Um alfa positivo significa que o fundo obteve retorno superior ao seu índice de referência.
Alfa é utilizado como um indicador de desempenho para os fundos de gestão ativa, dado que esses fundos têm o objetivo de superar seus índices de referência.
Beta é um indicador que mede a resposta de variação percentual de preços de um ativo em função da variação percentual de um índice ou de uma carteira de referência.
No caso do índice da BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo), o Ibovespa: se uma ação se comporta exatamente como o índice, dizemos que a ação apresenta beta=1 (beta igual a um); se uma ação apresentar uma variação maior que o índice, porém no mesmo sentido, a ação apresenta beta>1 (beta maior do que um); e se uma ação apresentar uma variação menor que o índice, porém no mesmo sentido, a ação apresenta beta<1 (beta menor do que um).
Beta é utilizado como um indicador de eficiência para os fundos de gestão passiva. Esses fundos têm o objetivo de replicar seus índices de referência e, dessa forma, buscam obter um beta=1.
Análise fundamentalista consiste em uma análise detalhada dos balanços patrimoniais e demonstrações financeiras de uma empresa visando precificar suas ações. As análises são mais precisas quando combinadas com contato próximo à equipe de gestão das empresas para entendimento das estratégias e atualização frequente de dados.
A análise fundamentalista é uma ferramenta de apoio para identificação de empresas com o potencial de valorização no longo prazo.
EBITDA é a abreviação de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, ganhos líquidos de uma empresa antes que sejam contabilizados gastos com o pagamento de juros, depreciação de suas instalações, impostos devidos e abatimento de dívidas.
Para muitos analistas, a margem EBITDA é um parâmetro importante na avaliação do valor de uma empresa. Ela considera apenas as receitas e as despesas associadas ao negócio e revela, assim, o lucro operacional da companhia.